A cabeça de Eliseu e a cabeça de João Batista

 

O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor.
Provérbios 16.1

O rei de Israel jurou solenemente: “Assim me faça Deus o que bem lhe aprouver se a cabeça de Eliseu lhe ficar hoje sobre os ombros” (2Rs 6.31). Apesar disso, a cabeça de Eliseu continuou sobre os seus ombros.

O mesmo, todavia, não aconteceu com a cabeça de João Batista. A pedido da sobrinha, o tetrarca Herodes Antipas mandou que lhe trouxessem a cabeça do precursor de Jesus. Ora, Jesus havia dito que “entre os nascidos de mulher, ninguém é maior do que João” (Lc 7.28).

Por que a cabeça de Eliseu continuou sobre os seus ombros e a cabeça de João Batista foi arrancada? O Deus de um não era o Deus do outro? Os dois não eram servos de Deus?

Por que Deus não fez com Tiago o que fez com Pedro. Os dois foram presos e marcados para morrer por outro Herodes, o Agripa I. Mas Deus abriu os portões de ferro e deixou Pedro escapar da prisão. Quanto a Tiago, este foi passado ao fio da espada (At 12.1-8). Os dois não eram apóstolos? Por que um escapou da ira de Herodes e o outro, não?

Só há uma resposta para estas incômodas e solenes perguntas. Deus nunca erra nem é vencido pela oposição, por mais poder que ela tenha. Deus é soberano. Ele age como quer e tem em suas mãos as rédeas da história. Embora pareça um sinal de fraqueza, os lances como a morte de João Batista e a morte de Tiago estão dentro da sábia e vitoriosa estratégia de Deus.

 Retirado de Devocionais Para Todas as Estações (Editora Ultimato, 2009)